Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 29 de Agosto de 2005, aworldtowinns.co.uk

Cidade do México:
“Revolução – por que é necessária, por que é possível e o que é”

Logo do Filme Revolution - Bob Avakian

Cidade do México. As luzes estavam apagadas... o cinema cheio... mais de 120 pessoas ávidas assistiam ao filme... algumas estavam em pé por falta de cadeiras... algumas comentavam em sussurro o que estavam a ouvir... outras chegavam curiosas em saber quem era esse Bob Avakian dos Estados Unidos.

Assim começou a primeira das duas grandes sessões na Cidade do México, parte de uma campanha nacional destinada a divulgar os discursos filmados com o título Revolução: por que é necessária, por que é possível e o que é, de Bob Avakian, o Presidente do Partido Comunista Revolucionário dos EUA e um dos líderes do movimento comunista internacional.

As sessões tiveram lugar em Maio e Junho em dois conhecidos centros culturais da Cidade do México, frequentados por diversos tipos de pessoas. Foi feita uma grande campanha de divulgação no jornal La Jornada (um importante diário mexicano que publicou uma carta-convite), em universidades, sindicatos, centros culturais, manifestações, escolas, bairros, livrarias e programas de rádio.

Para organizar a sessão de vídeo, foram mobilizadas pessoas oriundas de diferentes tendências, grupos sociais, organizações maoistas como o Movimiento Popular Revolucionario e Comité de Difusión Revolución, um colectivo criado para assumir a principal tarefa de divulgar a linha comunista de Bob Avakian. Embora não sejam todos maoistas, são atraídos por Bob Avakian e estão unidos em torno da tarefa de divulgar amplamente a visão comunista que o compañero (camarada) Bob expõe. Acham necessário que as pessoas analisem e debatam não apenas que tipo de mudança mas também que tipo de sociedade e futuro é possível conquistar ao transformarem o sistema imperialista com uma revolução. No México e no resto do mundo, milhões de pessoas morrem diariamente, mas não sabem que essa visão existe e que um outro mundo é realmente possível.

No final da primeira sessão, desenvolveu-se um debate entre marxistas, leninistas, anarquistas, maoistas, guevaristas, activistas do movimento estudantil brutalmente reprimido em 1968, sindicalistas, donas de casa, estudantes, gente mais nova e gente mais velha. Houve muitos comentários positivos sobre o conteúdo do vídeo, bem como sobre o papel de Bob Avakian como líder. Aqui ficam alguns deles:

“É como se estivéssemos numa situação em que não soubéssemos para onde ir. Sente-se uma atmosfera de desconfiança, de medo do futuro, de instabilidade. Sinto que não há nenhuma orientação ou parâmetros sobre para onde ir. Mas acho que Bob Avakian tem um programa cheio de esperança face à incerteza que pesa sobre o povo” (uma feminista).

“Do que eu gosto no vídeo é que nos leva passo a passo, como se nos levasse pela mão, sobre como fazer as transformações, como fazer uma revolução. É como se os principais ingredientes estivessem a ser aí colocados” (um estudante).

“Não se conhece nada assim. Avakian foca todo um grupo de questões. E fá-lo com muita paixão, de um modo muito convincente e enérgico” (um poeta do movimento de 1968). “É bom que haja dirigentes como Bob Avakian que afastam as teias de aranha que nós temos”, disse outra pessoa.

Um grande debate iniciou-se em torno da possibilidade de uma revolução nos Estados Unidos: “É triste ver os jovens nos Estados Unidos. Eles não sabem o que acontece à sua volta. É uma vergonha.” Uma outra pessoa pegou nisso e disse: “Os que vivem e lutam nas entranhas da besta são um grande exemplo positivo para nós aqui na América Latina. Precisamos de nos unirmos a eles, como irmãos e irmãs.”

Havia muita curiosidade sobre a linha marxista-leninista-maoista. Uma activista sindical disse: “A minha organização diz ser socialista, mas não fala em socialismo nem sobre o que há pouco escutámos. Quero levar isto ao meu grupo, para que eles ouçam isto.” “Estava à espera de outra coisa. Estava à espera que ele explicasse como iniciar uma revolução. Estava à espera de algo mais pesado, mas foi tudo muito bom”, disse um estudante universitário. “O vídeo é para toda a gente. É muito fácil de perceber. Temos de o mostrar na nossa escola. Quem o irá levar às pessoas se não nós?”

A primeira sessão terminou com uma canção de um cantor-compositor revolucionário que tem participado nas lutas contra o domínio imperialista do México e que refere o maoismo e a Guerra Popular do Peru nas suas canções.

O debate a seguir à segunda sessão centrou-se na necessidade de análise da história e da experiência de revoluções passadas e de aplicar essas lições ao desenvolvimento da revolução no México. “Eu quero falar sobre o que é que nós, os que quisemos fazer uma revolução há 40 anos, passámos. A certa altura, olhámos para trás, para a revolução mexicana. Mas, quando aprendemos a usar essa ferramenta poderosa – a ferramenta cirúrgica para os acontecimentos históricos, ou seja, o materialismo histórico –, começámos a estudar em profundidade as revoluções francesa, bolchevique, coreana e argelina. Depois, voltámos ao estudo da revolução mexicana com uma nova perspectiva. Acho que um bom marxista deve exercitar verdadeiramente os neurónios do cérebro e aprofundar o estudo dos acontecimentos históricos.”

As sessões no México ajudaram a acabar com alguns mitos que muita gente tinha sobre os líderes revolucionários e de que nas entranhas da besta não há pessoas que lutam pelo comunismo. Elas divulgaram mais amplamente a linha teórica do marxismo-leninismo-maoismo. Houve uma calorosa recepção à perspectiva comunista e a um líder como Bob Avakian da parte de pessoas deste país. “Damos as boas-vindas aos maoistas dos Estados Unidos”, concluiu um espectador.

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