Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 14 de Julho de 2003, aworldtowinns.co.uk

Recebemos o seguinte comunicado:

Comunicado Final da 5ª Conferência Regional de Partidos e Organizações do MRI na Ásia do Sul

A 5ª Conferência Regional dos Partidos e Organizações do Movimento Revolucionário Internacionalista (MRI) na Ásia do Sul terminou com êxito em Julho de 2003. A Conferência Regional foi histórica por muitas razões. Em primeiro lugar, por se ter realizado numa situação mundial de tumulto e turbulência raramente vista na história. Por um lado, os imperialistas, encabeçados pelos EUA, estão a empreender uma agressiva e hegemonista ofensiva militar e política contra os povos do mundo e, por outro lado, estão a enfrentar uma férrea resistência da parte dos povos de todo o mundo, incluindo nas próprias cidadelas do imperialismo. As lutas, armadas ou desarmadas, tendo à cabeça as guerras populares prolongadas dirigidas pelos maoistas no Nepal, no Peru, na Índia, nas Filipinas e na Turquia, são uma indicação da nova vaga emergente da revolução proletária mundial. Esta tendência também é manifesta na intensificação da luta nos países da Ásia do Sul como o Bangladesh, o Paquistão, o Sri Lanka e o Butão. Em segundo lugar, por a Conferência Regional ter tido lugar pela primeira vez numa zona vermelha, uma zona de guerrilha situada na Região Especial do Bihar-Chattisgarh-Orissa-Jharkhand, na Índia. Realizou-se numa atmosfera acalorada e conducente, sob a protecção de uma companhia do recém-formado Exército Guerrilheiro de Libertação Popular (EGLP), dirigido pelo Centro Comunista Maoista da Índia (CCMI). Em terceiro lugar, por ter acontecido num momento em que a Guerra Popular no Nepal avança para novas etapas e está a transformar o país num bastião da revolução proletária mundial. Em quarto lugar, por o CCMI, cuja recente participação no MRI fortaleceu enormemente o nosso Movimento na Ásia do Sul, assistir pela primeira vez a uma Conferência Regional.

A Conferência foi convocada e dirigida pelo Comité do Movimento Revolucionário Internacionalista e estiveram presentes tanto participantes como candidatos a participantes no MRI da região. Houve discussões vivas e vigorosas em todos os pontos do programa de trabalhos. Todos os camaradas estiveram unidos na compreensão da importância crucial dos desenvolvimentos na situação internacional que estamos a viver de um modo concentrado desde o 11 de Setembro de 2001. Como salientou o nosso Movimento, é um período de grandes perigos e de grandes oportunidades. A sua importância concreta é que o nosso Movimento pode e tem que lutar mais arduamente para transformar essas possibilidades em verdadeiros saltos em frente no nosso trabalho e ajudar a nova vaga emergente da revolução proletária mundial a desenvolver-se mais depressa, mais poderosamente e sob a direcção do marxismo-leninismo-maoismo.

Aqui na Ásia do Sul temos uma grande responsabilidade. Esta é a altura de compreender a importância do momento e de redobrar os nossos esforços. Um salto em frente na luta revolucionária nesta região muito fará para transformar a Ásia do Sul numa luminosa base vermelha da revolução proletária mundial. A situação objectiva é a base sobre a qual temos que agir, mas não somos marionetas passivas, podemos e temos que desempenhar plenamente o que Mao chamou de “papel dinâmico e consciente do ser humano” no desenrolar do grande drama da revolução e deste modo “acelerar enquanto aguardamos” por mais desenvolvimentos favoráveis na situação internacional.

Além de demonstrar o nível relativamente elevado da compreensão comum que existe, a discussão sobre a situação internacional também mostrou que os nossos partidos e organizações precisam de dar uma séria atenção a uma maior compreensão e debate das leis fundamentais através das quais o imperialismo avança rumo à sua destruição. Através desse processo, a nossa unidade ficará ainda mais elevada e sólida.

Os camaradas do Nepal apresentaram um quadro vívido dos tremendos avanços da Guerra Popular que ameaça, não só a classe dominante nepalesa, como também o expansionismo indiano e o imperialismo norte-americano. Os partidos e organizações que participaram na Conferência Regional comprometeram-se a cumprir o seu dever internacionalista de desenvolver um poderoso movimento de massas contra qualquer intervenção militar directa ou indirecta contra a Guerra Popular levada a cabo pelo Partido Comunista do Nepal (Maoista), sob a direcção do Camarada Prachanda. A Conferência Regional endossou as palavras de ordem “Tirem as mãos do Nepal!” e apelou às massas revolucionárias do mundo a “olharem para os Himalaias, onde um mundo melhor está a nascer!”

A Conferência Regional discutiu aprofundadamente a actual luta por forjar um partido único de vanguarda na Índia, baseado numa correcta linha marxista-leninista-maoista e unido no MRI. A essa luz, a Conferência saudou o crescente vento de unidade entre as forças maoistas da Índia, em especial o processo de unidade que decorre entre o Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) (Guerra Popular) e o Centro Comunista Maoista da Índia, os quais há muitos anos levam a cabo guerras populares prolongadas, desafiando e resistindo aos embates do inimigo. A Conferência Regional expressou a sua confiança de que um partido unificado se concentrará e elevará a um nível ainda mais elevado a experiência, a compreensão e a energia dos comunistas revolucionários da Índia, que agora trabalham separadamente. A formação desse partido conduzirá a Guerra Popular na Índia a uma nova fase e dará um maior impulso à luta revolucionária em todo o mundo.

A Conferência Regional denunciou a crescente cooperação militar entre os EUA e os regimes reaccionários da região, especialmente os esforços para montar bases e os sinistros planos para utilizar os exércitos reaccionários da região ao serviço da agressão e ocupação imperialista norte-americana na Ásia Ocidental e noutros lugares.

A Conferência Regional saudou a importante e oportuna formação do Comité Coordenador de Partidos e Organizações Maoistas na Ásia do Sul (CCPOMSA). A Conferência Regional saudou a formação do Partido Comunista do Butão (Marxista-Leninista-Maoista). A Conferência Regional discutiu os problemas do movimento maoista no Bangladesh e apelou aos camaradas daquele país para redobrarem os seus esforços para forjar um partido unido baseado numa correcta linha marxista-leninista-maoista. A Conferência Regional apoiou os esforços para fortalecer o Movimento de Resistência Popular Mundial na Ásia do Sul.

A Conferência Regional começou com o içar da bandeira vermelha. Os mártires da revolução proletária mundial, na Ásia do Sul e em todos os países, foram recordados com a colocação de grinaldas numa coluna comemorativa e a observação de dois minutos de silêncio. As sessões realizaram-se no Salão Yenan, especialmente construído para o efeito e formosamente decorado com palavras de ordem e ilustrações que reflectiam as solenes tarefas e a orientação política da Conferência. Na fachada do Salão foram colocados retratos de Marx, Engels, Lenine, Estaline e Mao e uma grande representação do símbolo do MRI, com o mundo a quebrar as suas grilhetas. As citações eram: “Os proletários não têm nada a perder senão as suas cadeias. Têm um mundo a ganhar”; “Trabalhadores de todos os países, uni-vos!” (do Manifesto Comunista). “Há um, e só um, tipo de verdadeiro internacionalismo, o qual consiste em trabalhar abnegadamente pelo desenvolvimento do movimento revolucionário e da luta revolucionária no nosso próprio país e apoiar (com propaganda, solidariedade e ajuda material) essa luta, essa, e só essa, linha, em todos os países sem excepção” (Lenine); “(...) O internacionalismo proletário exige, primeiro, que se deva subordinar os interesses da luta proletária em qualquer país aos interesses dessa luta à escala mundial e, depois, que uma nação que está a alcançar a vitória sobre a burguesia seja capaz e esteja disposta a fazer os maiores sacrifícios nacionais para o derrube do capital internacional” (Lenine); e “O tomada do poder através da força das armas, ou seja, a resolução da questão através da guerra, é a tarefa central e a forma mais elevada da revolução. Este princípio marxista-leninista da revolução é válido universalmente, tanto na China como em todos os outros países.” (Mao). Uma equipa cultural revolucionária representou um animado programa em muitos idiomas, em honra da conferência, no qual os delegados se uniram cantando canções nos seus idiomas.

À medida que os camaradas dispersavam para as respectivas trincheiras de combate, os combatentes do EGLP e as massas revolucionárias deram uma inspirada saudação de despedida aos delegados.

Abaixo a ofensiva imperialista norte-americana contra os povos do mundo!
Viva a nova vaga emergente da Revolução Proletária Mundial!
Abaixo o revisionismo!
Transformar a Ásia do Sul numa luminosa base vermelha da Revolução Proletária Mundial!
Viva a Guerra Popular no Nepal, na Índia, no Peru, nas Filipinas e na Turquia!
Viva o marxismo-leninismo-maoismo!
Viva o internacionalismo proletário!
Viva o Movimento Revolucionário Internacionalista!

Centro Comunista Maoista da Índia [CCMI]
Centro Comunista Revolucionário da Índia (Marxista-Leninista-Maoista) [CCRI(MLM)]
Partido Comunista da Índia (Marxista-Leninista) (Naxalbari) [PCI(ML)(NB)]
Partido Comunista do Bangladesh (Marxista-Leninista) [BSD(ML)]
Partido Comunista do Butão (Marxista-Leninista-Maoista) [PCB(MLM)]
Partido Comunista do Nepal (Maoista) [PCN(M)]
Partido Proletário de Purba Bangla, Comité Central [PBSP CC] [Bangladesh]
Partido Proletário de Purba Bangla, Maobadi Punargathan Kendro [PBSP MPK] [Bangladesh]

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