Do Partido Comunista do Irão Marxista-Leninista-Maoista:
A todas as pessoas do mundo:
Assumam como vosso o grito da revolução iraniana!
18 de outubro de 2022
O que se está a desenvolver com grandeza e magnificência nos quatro cantos do Irão não é um acontecimento “iraniano”! É um grito pela libertação da humanidade oprimida, especialmente da metade feminina da humanidade, para que se encontre uma saída da cruel e horrenda opressão que elas estão a sofrer sob o estado teocrático fascista da República Islâmica do Irão (RII). Com toda a sua especificidade e singularidade, o grito delas é um grito universal pela emancipação humana! É por isso que os povos do Afeganistão e do resto do Médio Oriente, indo até à África pobre, faminta e devastada e mesmo aos países imperialistas mais prósperos da Europa e da América do Norte são tocados por este grito! A bela e exaltante revolta desencadeada pelo brutal assassinato da jovem Jina (Mahsa Amini) às mãos da odiada polícia da “moralidade” do Irão era há muito desejada, porque a escravização das mulheres tem sido desde sempre um pilar da RII. Os povos do mundo têm razão em estar jubilantes com a maneira destemida como as mulheres no Irão estão a responder à sua escravização patriarcal. Eles sentem e veem a inspiradora esperança de se libertarem de todos os tipos de opressão em todos os cantos do mundo, um vislumbre do potencial da humanidade para criar um mundo radicalmente diferente de toda a opressão e exploração que nos rodeia. Especialmente num momento em que a Terra está à beira de um colapso ambiental e em que os grandes gangsters capitalistas-imperialistas, como os EUA e a Rússia, estão a ameaçar o mundo com um Armagedão nuclear.
Por isso, apelamos-vos, aos povos do mundo — e NÃO aos vossos governantes reacionários! — à vossa solidariedade com a revolta do povo do Irão. Os governantes reacionários, especialmente os dos países imperialistas ocidentais, desfilam descaradamente uma suposta simpatia deles para com a revolta, tentando esconder a horrenda verdade de como eles, e em especial os imperialistas norte-americanos, cometeram crimes atrozes para subjugar os povos do Irão e do Médio Oriente ao longo de várias gerações, levando a cabo sangrentos golpes de estado e impondo xeiques e xás feudais aos países da região, tudo para garantir a prosperidade e a dominação global desses reacionários. Basta! Imaginem o que significaria para o povo do Irão ver os rostos das pessoas nesses países e em todo o mundo, erguendo-se com eles nas ruas e declarando a sua própria determinação em lutar por um mundo radicalmente novo.
Abrir caminho a uma verdadeira revolução no Irão mudaria a face do Médio Oriente e do mundo inteiro e elevaria as perspetivas das pessoas em todo o mundo para a possibilidade de uma via revolucionária para sair do esmagador estrangulamento do sistema capitalista-imperialista e da sua infinita crueldade para com o planeta e os seus oito mil milhões de habitantes. Não podemos permitir que esta oportunidade seja desperdiçada, que poderosas forças dentro e fora do Irão apareçam com um lifting cosmético à mesma velha ordem opressiva, como tão dolorosamente aconteceu ao povo egípcio na “Primavera Árabe”.
A República Islâmica é uma ditadura que exerce um regime teocrático xiita, e com uma aparência pouco diferente da dos regimes reacionários mais “familiares” dos países dominados pelo imperialismo, mas sejamos bastante claros: este regime tem sido desde sempre uma parte integrante e subordinada do sistema capitalista-imperialista mundial — um sistema, que é dominado e controlado pelas principais potências imperialistas que são tanto os imperialistas norte-americanos e europeus como a China e a Rússia imperialistas, mesmo que disputem ferozmente quem recebe um maior quinhão por devastarem o mundo e imporem a sua exploração escravizadora. A hostilidade entre o fundamentalismo islâmico e os estratos dominantes imperialistas foi analisada há várias décadas por Bob Avakian, líder comunista revolucionário e arquiteto do novo comunismo, sob o conceito dos “dois obsoletos”. Avakian demonstrou que a ascensão do fundamentalismo islâmico é, de facto, “uma expressão peculiar” do sistema capitalista-imperialista, e salientou que quando se alinha com qualquer uma dessas forças reacionárias, se acaba por fortalecer ambas. Esta verdade tem caído em demasiados ouvidos surdos nos movimentos progressistas do mundo, os quais desistiram de mudar radicalmente o mundo e se contentam com a rendição da humanidade ao chamado “mal menor” de entre os reacionários. Portanto, sejamos claros: o fundamentalismo islâmico em geral e a República Islâmica do Irão em particular não são “anti-imperialistas”, são parte integrante do sistema capitalista-imperialista que domina o mundo, e estes mulás devotos acabam invariavelmente por se refugiar sob as asas de imperialistas profanos como o Putin da Rússia ou o Xi Jin Ping da China, se não dos seus homólogos ocidentais.
Para finalmente se acabar com o aparentemente infindável sofrimento do povo do Irão é necessária uma verdadeira revolução, feita por milhões de pessoas e liderada por uma vanguarda revolucionária com o objetivo de derrubar o regime fascista teocrático islâmico e libertar o Irão do tecido assassino do sistema capitalista-imperialista. Isto requer uma revolução comunista e a instauração de uma “Nova República Socialista”. É necessário enfrentar e superar três enormes obstáculos: 1) a sangrenta repressão levada a cabo pelo ainda muito forte aparelho repressivo da RII, em particular pelos seus rufiões da Guarda Islâmica, do exército e da polícia. 2) as ingénuas fantasias de que as “potências mundiais” irão ajudar a transformar o Irão de uma brutal teocracia para um regime democrático burguês, livre da dominação imperialista! Há importantes forças na oposição à República Islâmica que se estão a esforçar por espalhar esta perigosa ilusão, com poderosos apoios, especialmente dos imperialistas ocidentais. 3) E uma perigosa falta de compreensão científica entre as massas populares sobre o que significa uma revolução genuína e da muito real possibilidade de efetivamente se dar um salto em frente para a emancipação da humanidade através das tempestuosas marés que estão hoje a esfarrapar a ordem mundial.
Apelamos a que vocês, habitantes do nosso precioso planeta, especialmente do Afeganistão, EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França, Turquia, Índia, Paquistão, bem como da China, da Ucrânia, da Rússia... apoiem a revolta no Irão, a que juntem os vossos próprios anseios a um mundo radicalmente novo e melhor à esperança que bate nos corações das heroicas mulheres e homens do Irão. Vejam os materiais em língua farsi no sítio internet do nosso partido, o Partido Comunista do Irão Marxista-Leninista-Maoista, e os materiais em inglês e castelhano em revcom.us, sobre o que é uma verdadeira revolução, e como se pode aproveitar o potencial para uma revolução genuína e transformá-lo em realidade através da construção de um poderoso movimento para a revolução levando as pessoas a se basearem e exercerem todo o novo quadro da emancipação humana forjado por Bob Avakian no novo comunismo.
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