O seguinte artigo foi publicado no sítio do jornal Revolution/Revolución, voz do Partido Comunista Revolucionário, EUA (em inglês a 10 de outubro de 2023 em revcom.us/en/war-crimes-and-selective-outrage-america-and-americans e em castelhano a 11 de outubro de 2023 em revcom.us/es/los-crimenes-de-guerra-y-la-indignacion-selectiva-de-estados-unidos-y-de-los-estadounidenses).

Os crimes de guerra e a “indignação” seletiva dos Estados Unidos... e dos norte-americanos...

As notícias dizem que o Hamas tomou 150 israelitas e os mantém como reféns. Atacar civis não-combatentes, matá-los, ou capturá-los e ameaçar matá-los, é criminoso e uma expressão da natureza reacionária do Hamas.

Estas notícias, e as expressões de indignação por parte dos governantes norte-americanos e dos porta-vozes deles nos meios de comunicação visam programar os norte-americanos para que se fixem em se indignarem com os 150 reféns e fiquem cegos ao ultraje exponencialmente maior de Israel ter tomado como REFÉM TODA A FAIXA DE GAZA. Neste momento, mais de 2 milhões de pessoas, esmagadoramente não-combatentes, estão a ser mantidos como reféns por Israel, que impôs um cerco total a Gaza, cortando a eletricidade, os alimentos, os combustíveis e a água, AMEAÇANDO MATAR À FOME TODA A POPULAÇÃO DE GAZA! Negando a crianças, a idosos, e a bebés!, os alimentos, a água e a eletricidade essenciais para garantir que os hospitais se mantém em funcionamento.

Isto por cima de décadas de crimes contra o povo palestino, a começar pela limpeza étnica terrorista da Palestina que expulsou um milhão de pessoas das suas casas e pátria em 1948, altura em que foi criado o estado de Israel. Por cima do bombardeamento e invasão de Israel, com o apoio dos EUA, em 2008-2009 e 2014, que matou milhares de pessoas, destruiu as infraestruturas de água e esgotos, e deixou grande parte de Gaza em ruínas. Por cima de um bloqueio de 15 anos que privou os palestinos trancados em Gaza do acesso a alimentos, água potável, materiais para reconstruirem as suas casas bombardeadas, as escolas e os hospitais, e da possibilidade de saírem. E por cima de um reinado de limpeza étnica terrorista oficial e com base nos “colonos”, contra os palestinos na Cisjordânia.

Aqui, uma vez mais, em matéria da “violência indiscriminada” e do “terrorismo” que os EUA hoje tão ruidosa e hipocritamente condenam, ninguém chega aos calcanhares dos Estados Unidos e do seu leal aliado Israel.

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