Do Serviço Noticioso Um Mundo A Ganhar (SNUMAG) de 16 de Outubro de 2006, aworldtowinns.co.uk
Camarada Gaurav transferido para prisão no Bengala Ocidental
O dirigente do Partido Comunista do Nepal (Maoista) C. P. Gajurel (conhecido como Camarada Gaurav) foi transferido para a esquadra da polícia de Jalpaigudi, no estado indiano do Bengala Ocidental, enfrentando acusações de “conduzir uma guerra contra a Índia”.
Após a sua prisão devido a um passaporte irregular quando estava prestes a deixar a Índia em Agosto de 2003, o Camarada Gaurav cumpriu uma muito invulgarmente severa pena de três anos e a sua libertação estava marcada para o passado dia 18 de Setembro, mas voltou a ser preso antes de poder deixar as instalações da prisão. A presença determinada e em massa de apoiantes nessa manhã impediu a polícia do Bengala Ocidental de pura e simplesmente o raptar sem qualquer respeito pelos procedimentos legais, seguindo-se uma série de actos e contra-actos no tribunal. Porém, o Supremo Tribunal de Madras, no sul da Índia, sobrepôs-se os seus recursos e ele foi levado para aquele estado do nordeste da Índia.
Ironicamente, o governo do Bengala Ocidental, que está tão empenhado em processar o camarada nepalês com a acusação de encorajar actividades revolucionárias na Índia, está há décadas nas mãos do Partido Comunista da Índia (Marxista). Apesar do seu nome, este partido nada tem a ver com o marxismo e, na realidade, tem perseguido revolucionários desde que o movimento maoista indiano começou a emergir durante os anos 60. Muito apropriadamente, está alinhado com a coligação de partidos que actualmente governa a Índia. Comentando estas novas acusações, A. Rahul, advogado do Camarada Gaurav, disse à comunicação social: “Isto apenas mostra que a Índia não quer que os maoistas cheguem ao poder” [no Nepal]. A Índia recusa-se a libertar o dirigente maoista nepalês para o usar “como moeda de troca no seu esforço para manter a sua influência no Nepal”, disse ele.