Robert King em Portugal: “Ser mais persistente que o inimigo!”

Robert King junto ao mural TRUTH
Robert King nos EUA junto ao mural TRUTH [VERDADE]
do artista plástico português Rigo

Robert King, o militante revolucionário norte-americano que foi libertado em 2001, após 31 anos na prisão (29 dos quais em solitária), por um crime que não cometeu, esteve em Portugal em Julho e Agosto, antes de iniciar uma prolongada visita à África do Sul. King, um antigo membro do Partido Pantera Negra dos EUA, continua a lutar pela libertação dos seus dois camaradas que ainda estão injustamente encarcerados na prisão de Angola (EUA) e a desmascarar os sistemas judicial e prisional dos Estados Unidos.

King esteve também em 2002 em Portugal, tendo participado em vários debates e visitado vários dos guetos da periferia de Lisboa. Desta vez, numa visita mais prolongada, também pudemos voltar a ver e ouvir King em várias sessões na região de Lisboa e de Setúbal.

As acções de divulgação começaram dia 18 de Julho com uma sessão de apresentação de um documentário sobre a sua primeira visita a Portugal, a que se seguiu um debate em que a jornalista Diana Andringa iniciou o período de perguntas e respostas a King, na Livraria Ler Devagar, em Lisboa.

No dia seguinte, houve um concerto hip-hop na Galeria Zé dos Bois, também em Lisboa. Seguiram-se, entre outras, sessões no bairro da Bela Vista (incluindo uma homenagem de King ao jovem Tony, assassinado há um ano), na Arrentela, um jantar de homenagem no Palco Oriental (dia 1 de Agosto), uma sessão no CCL de Almada (dia 2) e finalmente uma nova sessão na Bela Vista em Setúbal (dia 3, no YMCA). Em todas as sessões, King prontificou-se a dar esclarecimentos sobre a sua situação e a dos seus companheiros da prisão de Angola, sobre o sistema prisional dos EUA e incentivou os jovens a combater a repressão e a opressão “por todos os meios necessários”, salientando que deveriam ser “pelo menos tão persistentes quanto o inimigo consegue ser”.

De Lisboa, King seguiu para a África do Sul, uma visita organizada por activistas sul-africanos, tendo também participado em vários debates e acções, reunido com destacados dirigentes do ANC e visitado vários dos bairros negros que fizeram história pelo seu protagonismo na luta contra o apartheid.

Setembro de 2003


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