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1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador

Este sistema não nos serve!
É preciso lutar!

O 1º de Maio é o dia em que tradicionalmente os trabalhadores relembram a heróica luta dos operários de Chicago e de todo o planeta por um mundo sem exploração e reafirmam esse objectivo de construção de uma nova sociedade. É também um momento para fazer um balanço da nossa luta, para afastar amargas ilusões e decidir como avançar no caminho da revolução.

Esta reflexão é particularmente importante num momento em que o sistema capitalista que nos oprime e explora atravessa uma profunda crise e para a resolver aumenta violentamente a sua ofensiva contra os trabalhadores.

Em Portugal, bem como noutros países, em particular do sul da Europa, essa ofensiva tem atingido níveis dramáticos. Assistimos a uma intervenção directa das potências imperialistas, através dos seus instrumentos FMI/Banco Mundial/União Europeia, e com a cumplicidade dos seus capatazes locais Passos/Portas.

O resultado tem sido tornar muito mais miserável a vida de quem apenas vive do seu trabalho: uma escalada do desemprego, uma acentuada redução dos salários e uma ainda maior restrição do acesso a cuidados básicos de saúde, educação, transportes e aos parcos apoios sociais disponíveis. Tudo isto é acompanhado por uma acentuada subida dos impostos e outras taxas pagas ao estado, que vão directamente para os bolsos dos imperialistas, num saque adicional que assume a forma de juros impostos pela Troika.

Toda a burguesia nacional portuguesa, a classe que domina o país e que também nos explora, têm alinhado com tudo isto, apesar de, em muito menor grau, também ser vítima desta situação. Dela não temos muito a esperar, são agentes locais do capital financeiro internacional.

O sistema político do parlamentarismo, composto por governos, partidos burgueses e políticos corruptos até à medula, limita-se a executar as directivas do sistema capitalista internacional, a transformá-las em leis repressivas para garantir o saque e a exploração, mesmo passando por cima de normas que eles próprios criaram. O parlamento tem servido de centro de discussão da melhor forma de envolver o povo na sua própria subjugação e exploração. A voz de quem trabalha não se houve nesse hemiciclo.

Abandonar as ilusões e lutar!

Perante esta situação, qual o caminho a seguir? Esperar por eleições cujo resultado será apenas mais um governo e um parlamento que irá continuar a mesma miséria, e manter intacto este sistema, só serve para criar mais desilusão e pessimismo.

Os povos do sul da Europa e do resto do Mediterrâneo têm dado mostras de resistência e é nosso dever seguir os melhores exemplos dessa luta. Ela tem feito cair a máscara da democracia parlamentar ocidental, a qual tem reforçado os seus aparelhos policiais de repressão, promovido a fascização da sociedade e embarcado em aventuras militaristas, mostrando assim a sua verdadeira face imperialista e repressiva, disposta a esmagar tudo e todos para manter o seu sistema de exploração.

A hora é de lutar! É preciso organizar a resistência. Só podemos contar com as nossas próprias forças. Organizemos as nossas próprias formas de luta, criemos e reforcemos as nossas próprias organizações, em sindicatos combativos, nas fábricas, nos bairros, nas escolas. Unifiquemos todas as lutas contra este sistema, em todo o país e numa frente unida de todos os povos mediterrâneos, com um amplo debate sobre o tipo de sociedade em que realmente queremos viver com dignidade e sem exploração nem opressão!

1 de Maio de 2013

Organizemo-nos e lutemos!
Recusemos o saque imperialista e os seus governos!
Abaixo o capitalismo!

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